Sobre o livro: 2014 / A Irlanda é um país com uma herança cultural única. As raízes da sua literatura remontam ao passado celta, aos antigos mitos e sagas irlandeses. No início da Idade Média, a Irlanda, protegida dos ataques dos hunos e godos, tornou-se um centro de iluminação cristã para toda a Europa, e aqui floresceu uma poesia monástica especial, com a sua percepção surpreendentemente direta da natureza, do mundo e do homem. Desde os tempos antigos, na Irlanda, os poetas foram reverenciados da mesma forma que os sumos sacerdotes e reis. Eles foram treinados na técnica de versificação em escolas bárdicas especiais. Com a escravização final da Irlanda pela Inglaterra, a sua poesia começou a definhar; a própria língua, sujeita à repressão, caiu gradualmente em desuso. Mas um milagre aconteceu: tendo mudado para a língua dos conquistadores, o espírito irlandês ressuscitou na nova poesia anglo-irlandesa de Thomas Moore, William Yeats e outros poetas. Três ganhadores do Nobel: Yeats, Beckett e Heaney, para não mencionar o grande romancista James Joyce, são uma prova da nova glória da literatura irlandesa. Aliás, Joyce escreveu poesias, exemplos das quais você também encontrará nesta pequena antologia. A antologia começa com o hino de São Patrício, o grande santo da Irlanda (século V), e termina com a geração de poetas da Páscoa Sangrenta de 1916 que morreram pela liberdade da Irlanda.